terça-feira, 15 de dezembro de 2015

não ter pasmo de cousa nenhuma

"Devo a minha compreensão dos literatos de Orpheu a uma leitura aturada sobretudo dos gregos, que habilitam quem os saiba ler a não ter pasmo de cousa nenhuma. Da Grécia Antiga vê-se o mundo inteiro, o passado como o futuro, a tal altura emerge, dos melhores cumes das outras civilizações, o seu alto píncaro de glória criadora"

António Mora/Fernando Pessoa, "Orpheu", in F. Pessoa O Regresso dos Deuses e outros escritos de António Mora, Assírio&Alvim, Porto, 2013, p.257.